20090413

Infantilidades da comunicação social económica lisboetas

Jornal de Negócios Online - O aeroporto tem menos risco que o TGV (e custa metade): a previsibilidade da procura é maior, logo, o seu retorno está mais assegurado (provavelmente a 40 anos). Já se sabe que é em Alcochete. Já se tem a certeza de que o projecto é dependente da privatização da Ana. Já se percebeu até que, com este Governo, a Ana será privatizada como um todo, sem regionalismos que sosseguem alguns empresários do Norte. Mas falta ainda completar o "puzzle": saber o modelo e a percentagem de privatização da Ana; conhecer o contrato de concessão; aprovar o modelo regulatório.

Sobretudo: é preciso perceber o que se quer do aeroporto. Não é um monte de betão, é um negócio. Não é uma pista para aviões, é um modelo de desenvolvimento. O que será feito na cidade aeroportuária? Casinos, como já estudou Augusto Mateus? Hotéis, centros de negócios? Que relação com as plataformas logísticas? Carga?

Volta e meia leio PSG. Volta e meia rio-me de tanta infantilidade. Agora mais uma: A defesa do NAL, quando o próprio governo adia a decisão.
- Afirma que o NAL é útil. Questiono: Já não existe um aeroporto na Portela, que nunca esteve com limites e que vai receber ligação de metro dentro de pouco tempo ?!
- Aeroporto para carga ?! Mas lisboa nada exporta! Será para facilitar as importações e aumentar o deficit comecial ?!
- Cidade aeroportuária, casinos, resorts ? Mas isso não é a economia de ebns e serviços não transaccionáveis, ligada ao imobiliário e ao endividamento que entretanto acabou ?!


2 comentários:

PMS disse...

O mais anedótico é que o argumento base é o aeroporto ser melhor que o TGV, como se isso fosse difícil.

E que tal comparar o aeroporto com outros investimentos que façam sentido, i.e., que possam ser validados por uma análise custo benefício adequada?

De facto, um soco no estômago é melhor que um murro nos dentes... no entanto dispenso ambos.

PMS disse...

Gosto também da visão selectiva. Políticos, empresários e povo já se manifestou contra a atribuição de uma renda monopolista a um grupo privado.

PSG prefere apenas referir os empresários. Ao menos sabe que são os de todo o norte.

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