Os investimentos públicos tem que ser bem ponderados à luz do cenário político e económico que ontem referi. É preciso que a selecção dos investimentos se baseie na análise custo-benefício, preferindo-se os investimentos com a maior rentabilidade em vez dos investimentos com maior dimensão. A recessão em curso a isso obriga. Só assim sairemos mais rapidamente dela...
De entre os investimentos públicos para o Porto ou AMPorto, é preciso definir prioridades. Saber se é preferível ligar o ASC à ferrovia ou construir incubadoras de empresas num terminal de cruzeiros, se é preferível fundir empresas municipais metropolitanas ou promover a reabilitação urbana, se é preferível despoluir o Douro ou investir em Metros. E como referiu Rio Fernandes, saber se apostamos no território dos «novos e velhos ricos» da Foz ou se apostamos noutros «ghettos». Julgo que este tipo de cuidado não está a ser seguido. A organização política que temos não ajuda. Não há Regionalização e os investimentos são decididos por Lisboa e por cada uma das autarquias que compõe o Grande Porto.
Assim temos o debate que temos sobre a expansão do Metro Ocidental, afunilado na questão de saber se enterra ou não enterra em Diogo Botelho. Debate muito pobre. Faltou discutir se devemos continuar a ter transporte em carris ou em pneus, faltou discutir traçados alternativos, após a eliminação da Boavista. Para isso não era necessário qualquer comissão camarária...
Como já referi, na minha opinião, devia-se considerar um traçado Ocidental pela Marginal, já existente (e portanto politicamente e economicamente mais fácil de implementar) com benefícios adicionais para a cidade. Assim hoje e nos próximo dias apresentarei em detalhe a minha ideia para este percurso.
Na minha opinião o troço crítico é entre S.Bento e Fluvial. Para não dispersar para assuntos não importantes vou assumir que a linha entre o Fluvial e Matosinhos é por Diogo Botelho e enterrada onde se quiser. Fica assim arrumada a polémica actual.
Foquemos então na discussão que considero importante (clicar na imagem para ver em detalhe):
De entre os investimentos públicos para o Porto ou AMPorto, é preciso definir prioridades. Saber se é preferível ligar o ASC à ferrovia ou construir incubadoras de empresas num terminal de cruzeiros, se é preferível fundir empresas municipais metropolitanas ou promover a reabilitação urbana, se é preferível despoluir o Douro ou investir em Metros. E como referiu Rio Fernandes, saber se apostamos no território dos «novos e velhos ricos» da Foz ou se apostamos noutros «ghettos». Julgo que este tipo de cuidado não está a ser seguido. A organização política que temos não ajuda. Não há Regionalização e os investimentos são decididos por Lisboa e por cada uma das autarquias que compõe o Grande Porto.
Assim temos o debate que temos sobre a expansão do Metro Ocidental, afunilado na questão de saber se enterra ou não enterra em Diogo Botelho. Debate muito pobre. Faltou discutir se devemos continuar a ter transporte em carris ou em pneus, faltou discutir traçados alternativos, após a eliminação da Boavista. Para isso não era necessário qualquer comissão camarária...
Como já referi, na minha opinião, devia-se considerar um traçado Ocidental pela Marginal, já existente (e portanto politicamente e economicamente mais fácil de implementar) com benefícios adicionais para a cidade. Assim hoje e nos próximo dias apresentarei em detalhe a minha ideia para este percurso.
Na minha opinião o troço crítico é entre S.Bento e Fluvial. Para não dispersar para assuntos não importantes vou assumir que a linha entre o Fluvial e Matosinhos é por Diogo Botelho e enterrada onde se quiser. Fica assim arrumada a polémica actual.
Foquemos então na discussão que considero importante (clicar na imagem para ver em detalhe):
- Laranja: Os principais polos de trafego (bairros de Lordelo do Ouro, polo universitário Campo Alegre, polo do Hospital de S. António, zona comercial dos Clérigos);
- Verde: O traçado actual proposto pelo Metro
- Azul: O traçado Marginal e respectivas estações; A tracejado, o túnel do ramal da Alfandega, já existente;
- Castanho: As soluções de integração urbana («peoplemover», funiculares, escadas rolantes, elevadores) para aproximar os polos de tráfego ao canal Marginal.
4 comentários:
caro josé,
a sua proposta será sempre impraticável para substituir o eixo s. bento-campo alegre-foz.
o autocarro será sempre melhor alternativa que ela na questão dos tempos. se o que propõe é para servir o eixo do campo alegre, o melhor é não fazer nada. poupa-se o dinheiro que se gastaria num projecto ineficaz para o fim a que se propõe. o autocarro leva pouco mais de meia-hora em média a fazer o percurso baixa-castelo do queijo passando exactamente pelos polos geradores de tráfego e com um nº de paragens (percursos alternativos) muito superior. a sua proposta serviria apenas para aliviar o tráfego proveniente de matosinhos que actualmente satura o canal da sª da hora (tenho dúvidas pq existe actualmente um meio que faz isso sem grande sucesso: o autocarro 500). mas isso não me parece razão suficiente para fazer uma nova linha. se esse novo vector não for capaz de recolher outros tipos de tráfegos não se justifica.ao contrário do que diz, a linha por si proposta não se encontra a 100 metros do canal do campo alegre: encontra-se nos pontos mais críticos a cerca de 700 metros com uma orografia e um desenho urbano desfavoráveis para a implementação dos 'people movers'.
abraço
horário do 200BOLHAO PR.GALIZA LORDELO MERCADO FOZ C.QUEIJO
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António,
Cá está um argumento de facto forte, para o qual não reflecti: O tempo de viagem. Vou analisar.
Não se esqueça que a minha proposta é agora apenas é Fluvial-S.Bento !
Tua: "Verdes" acusam Governo de "violar as próprias exigências se aprovar barragem sem linha (C/ ÁUDIO)
Número de Documento: 9583485
Braganca, Portugal 22/04/2009 17:04 (LUSA)
Temas: obras públicas, Transportes, transporte ferroviário, Política, Partidos e movimentos
*** Serviço áudio disponível em www.lusa.pt ***
Bragança, 22 Abr (Lusa) - O partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) denunciou hoje a existência de um documento, com quase três anos, que alegadamente obriga a EDP a construir uma alternativa ferroviária à linha do Tua, caso seja construída a barragem de Foz Tua.
O PEV avança mesmo que "o ministro do Ambiente estará a violar as suas próprias exigências no caderno de encargos do concurso público da barragem, se aprovar a hidroeléctrica e não obrigar a EDP a construir uma alternativa ferroviária".
O partido acusa ainda a REFER de, "durante muito tempo, dizer que não tinha conhecimento oficial da barragem, quando afinal emitiu um parecer sobre o assunto".
Em Agosto de 2008, depois do último acidente na linha do Tua, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paulo Vitorino garantiu que a EDP tinha de apresentar uma alternativa ferroviária.
Em Março, aquando do encerramento das linhas do Corgo e Tâmega, e já com o prazo para a emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) a decorrer, fez saber que afinal do futuro da linha depende da decisão sobre a barragem.
A mesma posição foi assumida pela REFER, a proprietária da Rede Ferroviária Nacional, na mesma ocasião.
A dirigente nacional do PEV, Manuela Cunha, deu hoje uma conferência de imprensa em Bragança, "para que o país saiba o que o ministro do Ambiente sabia no momento da decisão", sobre a barragem que deverá ser tomada nos próximos dias, de acordo com os prazos legais.
A responsável sublinha que "Os Verdes" são contra a construção da barragem "pelos muitos impactos negativos sócio económicos, ambientais e patrimoniais que constam do próprio estudo de impacto ambiental".
"A opção do Verdes é sem barragem e mantendo tudo como está. Mas se a autorização de construir a barragem for dada tem que ser com linha ferroviária. O Governo tem de fazer cumprir aquilo que o próprio fixou, caso contrário está a violar as suas próprias exigências", declarou.
Manuela Cunha mostrou à comunicação social um documento datado de 27 de Agosto de 2006 alegadamente da autoria da REFER, em que a empresa se pronuncia sobre a barragem.
"Em 2006, foi dito pela REFER à EDP que se quisesse construir uma barragem no vale do Tua e se essa viesse a submergir a linha férrea tinham que pegar na linha e fazê-la seguir por outro caminho, mas dar-lhe continuidade", disse.
"Observando-se este cenário (de submersão da linha do Tua) recai na responsabilidade do promotor desta obra o desvio da linha de caminho-de-ferro para outro espaço de canal ferroviário albergando todos os custos daí inerentes", continuou, lendo o parecer da REFER.
Este parecer faz, segundo Manuel Costa, parte do Estudo de Impacte Ambiental (EIA), e "como ‘Os Verdes’ se deram ao trabalho de estudar todos os anexos encontraram um documento que ainda ninguém tinha referido, nem a própria REFER ".
"Durante muito tempo, quando reuníamos com a administração da REFER, dizia-nos que não tinha conhecimento oficial da barragem. Então o que é isto que aqui está? Afinal havia conhecimento oficial e até tinha imposto condições", referiu.
Para "OS Vedes", a EDP não pode dizer que desconhecia as condições, nem o concurso público aceita a proposta alternativa da EDP de transbordo de autocarro da estação do Tua até à última estação não submersa.
"Se o Governo aceitar a proposta da EDP está a violar as suas próprias exigências no quadro do concurso público. Por isso o ministro (do Ambiente) não pode omitir estas questões quando der o seu aval", frisou.
O PEV considera que o Estado "está de mãos livres para anular o concurso de concessão da barragem sem ter de pagar um único tostão de indemnização à EDP, porque assim está também determinado".
"Se o ministro for de facto um ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e alguém que faz cumprir a lei e os compromissos, então só pode dar um aval negativo à construção da barragem do Tua", considerou.
HFI.
Lusa/fim
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