Hugo, Licenciado em Sistemas de Informação para a Gestão. Toronto, Canada
O meu nome e' Hugo, sou natural de Barcelos e formei-me no Instituto Politécnico do Cavado e do Ave em Sistemas de Informação para a Gestão. Actualmente moro em Toronto, Ontário, Canada e há um ano que faço Quality Assurance (para facilitar um bocado as coisas, digamos que testo software, apesar de que ser QA envolve muito mais do que isso) num dos maiores bancos do Canada.
Mudei-me para aqui, como podia ter-me mudado para outro lado qualquer. Casei-me com uma canadiana e meti os pés ao caminho. Mas a minha ideia passava sempre por sair de Portugal.
A ideia que tenho do nosso pais e' que há muita gente que se queixa de muita coisa, mas não sabem realmente o que fazer para mudar isso. Entretanto, formamos jovens as carradas para os inserir num mercado de trabalho que não existe nacionalmente. Acabamos por fim a ver licenciados em, por exemplo, engenharia química a trabalhar em balcões dos bancos. Não e' que haja nada de errado nisso, mas será que quando um jovem escolhe um determinado curso de química, esta a pensar em ir trabalhar para um banco? Quanto muito escolhia um de economia ou de gestão e depois tentava subir nos quadros. Mas adiante...
Estava a ler o blog Norteamos e dei de caras com mais uma estoria de alguém que teve de sair de Portugal para poder ser alguém. E lembrei-me imediatamente do tal artigo que deu inicio a este blog. O link? Guardo-o religiosamente: http://dn.sapo.pt/2005/10/28/tema/20_licenciados_fogem_portugal.html
E' uma reportagem que não me sai da cabeça nunca, especialmente porque decidi sair do meu pais temendo já aquilo que me iria acontecer, como acontecem aos muitos dos meus colegas licenciados.
Digo já que não guardo amores nenhuns ao meu "querido" pais natal, que sempre me tratou de uma forma medíocre. Aqui tenho toda a liberdade para fazer o que quero e o meu trabalho e' muito apreciado e muito bem visto. E confesso desde já que havia uma desconfiança inicial em relação a mim devido 'a minha nacionalidade. Gostei imenso de provar que nos os portugueses somos capazes de fazer coisas muito boas, mas colocam-nos entraves no nosso próprio pais. Desde medicina 'a informática, os recém-licenciados não tem hipótese nenhuma de se impor e fazer um real uso do seu valor.
Para terminar e demonstrar como Portugal só tem a perder com este 'êxodo de cabecinhas pensadoras', fui distinguido recentemente com o prémio de excelência para 2008 (2008 (nome do banco) Award of Excellence) e conseguir isto, no primeiro ano que estou a trabalhar no banco e sendo eu ainda considerado júnior, e' um feito de um tamanho que nem eu consegui perceber ainda... Não duvido nadinha, que tal como eu, existem muitos outros a quem o trabalho e' devidamente reconhecido e recompensado.
De Portugal... tenho saudades dos meus pais e dos meus amigos. A vida aqui seria um paraiso se os tivesse ca', mas a vida nao pode ser como a gente quer.
O meu nome e' Hugo, sou natural de Barcelos e formei-me no Instituto Politécnico do Cavado e do Ave em Sistemas de Informação para a Gestão. Actualmente moro em Toronto, Ontário, Canada e há um ano que faço Quality Assurance (para facilitar um bocado as coisas, digamos que testo software, apesar de que ser QA envolve muito mais do que isso) num dos maiores bancos do Canada.
Mudei-me para aqui, como podia ter-me mudado para outro lado qualquer. Casei-me com uma canadiana e meti os pés ao caminho. Mas a minha ideia passava sempre por sair de Portugal.
A ideia que tenho do nosso pais e' que há muita gente que se queixa de muita coisa, mas não sabem realmente o que fazer para mudar isso. Entretanto, formamos jovens as carradas para os inserir num mercado de trabalho que não existe nacionalmente. Acabamos por fim a ver licenciados em, por exemplo, engenharia química a trabalhar em balcões dos bancos. Não e' que haja nada de errado nisso, mas será que quando um jovem escolhe um determinado curso de química, esta a pensar em ir trabalhar para um banco? Quanto muito escolhia um de economia ou de gestão e depois tentava subir nos quadros. Mas adiante...
Estava a ler o blog Norteamos e dei de caras com mais uma estoria de alguém que teve de sair de Portugal para poder ser alguém. E lembrei-me imediatamente do tal artigo que deu inicio a este blog. O link? Guardo-o religiosamente: http://dn.sapo.pt/2005/10/28/tema/20_licenciados_fogem_portugal.html
E' uma reportagem que não me sai da cabeça nunca, especialmente porque decidi sair do meu pais temendo já aquilo que me iria acontecer, como acontecem aos muitos dos meus colegas licenciados.
Digo já que não guardo amores nenhuns ao meu "querido" pais natal, que sempre me tratou de uma forma medíocre. Aqui tenho toda a liberdade para fazer o que quero e o meu trabalho e' muito apreciado e muito bem visto. E confesso desde já que havia uma desconfiança inicial em relação a mim devido 'a minha nacionalidade. Gostei imenso de provar que nos os portugueses somos capazes de fazer coisas muito boas, mas colocam-nos entraves no nosso próprio pais. Desde medicina 'a informática, os recém-licenciados não tem hipótese nenhuma de se impor e fazer um real uso do seu valor.
Para terminar e demonstrar como Portugal só tem a perder com este 'êxodo de cabecinhas pensadoras', fui distinguido recentemente com o prémio de excelência para 2008 (2008 (nome do banco) Award of Excellence) e conseguir isto, no primeiro ano que estou a trabalhar no banco e sendo eu ainda considerado júnior, e' um feito de um tamanho que nem eu consegui perceber ainda... Não duvido nadinha, que tal como eu, existem muitos outros a quem o trabalho e' devidamente reconhecido e recompensado.
De Portugal... tenho saudades dos meus pais e dos meus amigos. A vida aqui seria um paraiso se os tivesse ca', mas a vida nao pode ser como a gente quer.
1 comentário:
Ate me obrigas a registar no blogger.
Olha eu no norteamos :-) quem diria.
Abraco e obrigado por mandares fotos e noticias do nosso lindo Norte!
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