20081216

NORTE LONGE DA MÉDIA...

A Região Norte foi a segunda que mais cresceu, a seguir ao Algarve, no ano passado. Os 2,4% de aumento da riqueza ajudam-na a aproximar-se do resto do país, mas continua a ser, de longe, a região mais pobre de Portugal.
A capital continua, assim, a ser a única região com mais riqueza por habitante do que a média da União Europeia (a Madeira está quase e o Norte manteve-se nos 60%). Mas Portugal no seu todo ainda a tentar recuperar da crise de 2003: os 76% notados pelo INE no ano passado continuam abaixo do valor do início da década.
A diferença de riqueza reflecte-se nos rendimentos dos trabalhadores e os dados comprovam que as remunerações a Norte são as mais baixas. No ano passado, dividindo o total das remunerações pagas em cada região pelo seu número estimado de habitantes, a Norte cada pessoa (e não cada trabalhador) ganhou 6155 euros, se contarmos com os subsídios de férias e Natal. Foi o valor mais baixo, seguido do Alentejo, Centro, Açores, Algarve, Madeira e, finalmente, Lisboa.
Os dados do INE só confirmam a noção de que a disparidade nacional, embora um pouco menor, continua a ser grande. E no que toca à região Norte, a ligeira melhoria de 2007 está longe de compensar a forte queda da última década.
Quanto ao Grande Porto, está longe de ser a segunda zona mais rica, sendo até ultrapassada pelo litoral alentejano, ajudado por projectos como o porto de Sines. E tudo indica que a situação vai piorar, antes de ficar melhor.

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