CGD salva Quimonda de Vila do Conde. Com este salvamento evita-se a falência do maior exportador nacional, a Quimonda, situado em Vila do Conde. Salva-se temporariamente bastantes empregos e PIB significativo. Socrates segura votos a Norte. Porém isto dá muito que pensar. A CGD agora já entra em salvamentos de empresas estrangeiras ? Onde é que isto vai parar ? Quem salvará a CGD ? Razão tinha Daniel Bessa ao questionar em 1995 a utilidade deste investimento directo estrangeiro, pago a peso de ouro pelos contribuintes via incentivos e benefícios fiscais. Terá valido a pena ?
PS: Tenho familiares e amigos, colaboradores e ex-colaboradores da Quimonda-Vila do Conde.
5 comentários:
são 325M€ provenientes de várias fontes e que pretendem auxiliar a manutenção de dois mil postos de trabalho.
e desses dois mil, a maioria trabalha desde há dois anos cerca de 12 horas diárias.
falta dizer que este salvamento por injecção não é definitivo. segundo o que se lê no público, falta ainda arranjar clientes e encomendas...
É o velho problema dos incentivos aos grandes investimentos privados.
Acho que deviamos fazer precisamente o contrário. Limitar os apoios aos projectos que não pudessem valer mais do que 0,5% das exportações (o ideal era apoiar nenhum e baixar impostos, o que apoia todos).
Agora, o mal está feito. Perder 2000 empregos qualificados directos de um dia para o outro seria o fim da economia local da Póvoa / Vila do Conde, para não falar no impacto regional e nacional.
Jon Stewart – A especulação de Wall Street, concerteza. A produção de Detroit, nem pensar!
Jon Stewart, do Daily Show, explica, com elevado sentido de humor, como o Congresso Americano emprestou, sem fazer perguntas, 700 mil milhões de dólares à indústria financeira, e se recusa a emprestar 25 mil milhões de dólares à indústria automóvel:
Jon Stewart: Há umas semanas, os presidentes da Ford, GM e Chrysler foram a Washington pedir 25 mil milhões de dólares no programa do Governo «Dinheiro para os Incompetentes». Mas não contavam apanhar o Senador Sherman.
Senador Sherman: Vou pedir aos três executivos que aqui estão para levantarem a mão, se vieram num vôo comercial. Que fique registado que nenhuma mão foi levantada. Em segundo lugar, peço-vos que levantem a mão se tencionam vender agora o vosso jacto privado, e voltarem para casa num vôo comercial. Que fique registado que nenhuma mão foi levantada.
(...)
Jon Stewart: Congresso, acho que sei o que se passa aqui. Deram 700 mil milhões de dólares à indústria financeira mas podem não dar à indústria automóvel 34 mil milhões porque não sabem exactamente o que a nossa indústria financeira faz, pois não? Portanto deram-lhes o dinheiro porque não querem parecer estúpidos.
O problema é o seguinte: a indústria automóvel tem um produto tangível e fácil de criticar. Os carros são mesmo assim. Até os maus são úteis. Mas vocês não vão salvar as pessoas que fabricam carros. Só vão salvar as pessoas que fazem empréstimos para comprar carros. Nem sequer empréstimos. As pessoas que vocês vão salvar fazem derivados de transferências de papel, que especulam sobre o futuro valor da vasta distribuição dos ditos empréstimos para a China.
Pronto, o modelo de negócio em Detroit é fraco. Sabemos que perdem 2 mil dólares por cada carro que vendem, mas Wall Street perdeu 7 biliões sem vender absolutamente nada! Pelo menos, quando Detroit perde dinheiro nós ganhamos carros!
VÍDEO (legendado em português)
Caro José,
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Conhece o livro de James Galbraith publicado este Verão passado "The Predator State"?
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Ao lê-lo, por exemplo aqui:
"When you hear someone speak of a market, the first question should be: Is it real? Is there a commodity, and can one really choose among competing suppliers? If not, there is no market..."
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Vêm-no à mente vários nomes...
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Quem sou eu e que conhecimentos é que eu tenho?
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Mas cheira-me mal, muito mal, que uma empresa que anda a obter empréstimos com taxas pornográficas, depois faça isto:
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"REN entrega 70% dos lucros para aumentar dividendo"
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Aqui:
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http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=346550
Continuamos, e pelos vistos continuaremos a investir na mão de obra barata! Daqui a 10 anos estaremos no mesmo sítio.
(com a excepção, talvez, dos accionistas da REN!)
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