Acho que sim. Na Dinamarca, entre 2002 e 2007, estudou-se e implmentou-se uma fusão de autarquias locais e uma transformação de 14 condados em 5 regiões. Paralelamente houve uma alteração de competências entre estado central, regional e local, descentralizando-se. As novas regiões ficaram com competências na área da saúde, desenvolvimento regional, transportes e ambiente. Apenas os municipios e o estado central tem capacidade de cobrar impostos, sendo as regiões mantidas por estes.
Em Portugal e a Norte, podemos inspiramo-nos neste caso, construindo uma solução que desarme os centralistas (como os lisboetas do debate de ontem no PortoCanal) e que acalme os mais, fundamentadamente ou não, «portofóbicos». Por exemplo, fundir as autarquias locais dentro de cada NUTS3, transformando-se em cerca de 30 autarquias regionais a nível nacional, com as competências dos actuais concelhos e novas competências dos ministérios relacionados com o desenvolvimento económico e social (educação, trabalho, transportes, saúde, ambiênte, economia) da actual administração central. Os Norteadores menos crentes na intervenção dos Estados, (Ventanias, CCZ, Júlio Cunha), os liberais portuenses com súbita consciência regional, a ala sulista, centralista anti-LFM do PSD, e todos os restantes centralistas ficariam desarmados com esta verdadeira Regionalização por agregação das actuais autarquias locais, descentralização e 0 gastos adicionais. Penso que cabe ao Norteamos explorar estes caminhos e assim continuar a nortear a heterogeneidade de opiniões existentes na nossa imensa região.