20090901

Debater a AMPorto 2009 - Rede de Ciclovias





A Blogosfera costuma antecipar a sociedade ou a política. Pois, no caso da mobilidade sustentável na AMPorto, pelo menos no que respeita ao Norteamos e Baixa do Porto, foi precisamento o contrário. A Lipor elaborou um relatório metropolitano sobre Sustentabilidade que é o melhor cartão de visita possível para a defesa da Fusão de Autarquias ou de Empresas Municipais. Recomendo a leitura do site http://www.futurosustentavel.org e esta notícia do JN.

De qualquer modo gostaria de deixar alguns comentários e sugestões, para a implementação de ciclovias na AMPorto:
  • É necessário perceber bem quem são os públicos utilizadores de ciclovias. À partida, na zona central da AMPorto, serão os estudantes, residentes em situação de lazer e turistas não residentes. Cada um deles tem percursos, destinos diferentes. Os estudantes fazem percurso residência-escola, os residentes em lazer procuram jardins e espaços verdes e os turistas procuram monumentos e afins. A rede tem que contemplar estas necessidades. Estao previstos 876 km de via até 2013;
  • São necessários interfaces com Metro e Comboios. O aproveitamento da ponte D.Maria para ciclovia seria também essencial;
  • O clima e a orografia do terreno não ajudam. Soluções como «biketube» e «bike escalator» devem ser implementadas integrando se possível o Andante;
  • A segurança tem que ser asseguranda via segregação física da via e através de videovigilancia sobretudo para o público mais jovem, cujos encarregados de educção assim o pretendam. O uso de etiquetas RFID em cada bicicleta poderia permitir a monitorização em «real-time» por parte destes. O projecto ao alcance do INESC Porto;
  • Os sistemas de «byke sharing» tem que ser agilizados e integrado no Andante. Aqui uma máquina de dispensadora de bicicletes;
A implementação desta rede e tecnologia associada, sobretudo se for orientada à efectiva utilização em vez de ser desenhada para valorizar imóveis dos amigos imobiliários dos presidentes das autarquias, pode ser muito positiva. Pode tornar-se um serviço exportável, uma atração turística e reduzir a dependência energética externa. Um pequeno contributo para o aumento do PIB local, redução do desemprego e beneficiários do RSI em que o Porto concelho e distrito são liderantes.

2 comentários:

Vitor Silva disse...

aqui está mais um plano tipicamento português que é para ficar na gaveta.
876km em 4 anos numa região do país que não tem grande tradição nestas coisas cheira-me a megalomania ou no minimo demasiado optimismo.
é verdade que 876 em 16 municipios dá cerca de 50km por municipio o que se calhar até nem é muito mas não consigo deixar de manter algum cepticismo...

Jose Silva disse...

Não é uma mealomania muito grande porque as ciclovias são ao nível do solo e cada Km é relativamente barato...
Se reparar num dos anexos disponível no site, há um mapa com a densidade de estudantes ao nível do ensino secundário. significa que tiveram o cuidado de analisar em detalhe esse pormenor.
Agora, se vão desenhar a rede à luz das necessidades desse público, já não sei...

Leituras recomendadas