Na tabela abaixo podemos verificar que o saldo entre o rendimento primário per capita dos cidadãos desta região e o seu rendimento disponível depois de pagos os impostos e recebidas as transferências por parte do estado é negativo. Isto é, os cidadãos desta região, apesar de serem em média os mais pobres e enfrentarem uma grave crise económica, com o mais completo desinteresse por parte do estado central, ainda são obrigados a contribuir para a riqueza dos outros. São também as empresas desta região que com as suas exportações financiam o consumo dos outros que pouco exportam, têm uma taxa de cobertura das importações de apenas 30% e vivem à custa do investimento do estado central. Pergunta-se: que estamos nós a fazer neste estado?
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6 comentários:
António,
Acho que a pergunta deveria ser, quantos de nós tem a consciencia disto ? Além da minha resposta habitual, em tons de azul, dou-lhe outra informação de natureza materialista: No final do ano passado o meu irmao passou a trabalhar no estrangeiro e estar cá no fim de semana. Há cerca de 3 meses um colaborador da empresa onde trabalho demitiu-se porque ia emigrar. A semana passada um inclino meu ligou a dizer que iria disponibilizar o apartamento porque ia para a Ilha de Man trabalhar. Hoje outro funcionário despediu-se. Vai para França.
Afinal o problema ainda é falta de esclarecimento, apesar de «estado» com letra pequena estar correcto.
a ser sangrados
pois é António (http://www.porto.taf.net/dp/node/4337), o povo anda entretido com o FCP...
Não consegui clicar na imagem; qual é a fonte?
a fonte é o INE, Contas Regionais preliminares do Produto Interno Bruto para 2006
http://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=25379693&att_display=n&att_download=y
Obrigado pelo link. Fui ver o documento. Confesso que me intrigou. Desde logo, o rendimento primário de Portugal é menor do que o rendimento disponível (apesar de beneficiarmos de fundos comunitários). Analisando por região, o resultado é mais surpreendente. Só o Centro e o Alentejo têm um rendimento disponível superior ao primário. Isso não acontece nem nas Regiões Autónomas (que beneficiam de transferências do Continente)!
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