20081102

Regulação

Num momento em que tanto se fala de regulação, convém não esquecer que também em Portugal a regulação existente não cumpriu a sua função. Nem no BPN, nem no BCP. Então, qual o sentido de dar mais poderes a reguladores manifestamente incompetentes? Permitir aos prevaricadores beneficiar ainda mais da falsa sensação de segurança que é suposto o regulador assegurar ao sistema?

Neste tema, Paulo Portas teve a pontaria muito afinada na sua análise.

Resta também perceber qual o fundamento para a nacionalização do BPN. O BPN tem hoje uma administração credível e de competência reconhecida e que, segundo foi noticiado, propôs um plano de reconversão ao Estado. Se o Estado estava disposto a intervir, porque não o fez da forma minimalista? Será para poder assim fazer umas nomeações "políticas", trocando quadros competentes por "boys de confiança"? Ou a velha lógica do centralismo, de nacionalizar prejuízos para depois poder privatizar para um grupo económico "amigo", próximo do círculo de poder? Aguardo explicações.

1 comentário:

SG disse...

Eu acho piada aos senhores dos bancos exigindo mais "regulação".
Parecem uns meninos mal comportados com bigode de chocolate que dizem "deviam ter tomado conta de nós... assim sozinhos fizemos asneira..."

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