20090305

Uma Casa da Música no porto de Leixões

Esta reunido o cenário para mais um erro no investimento público, tal como foi a Casa da Música:
  • Ausência de análise custo-benefício;
  • Uso do dinheiro público;
  • Investimento no imobiliário;
  • Iniciativa de autarquia do PS (Matosinhos);
  • Crença piedosa na importancia das «industrias criativas» e nas «incubadoras tecnológicas»;
  • Aposta num sector de bens e serviços transaccionáveis (Tursimo) mas ignorando a procura e a conjuntura (Number of Britons taking holidays in Spain plummets by 20% as the pound tumbles)
No mesmo porto de Leixões, os comboios de mercadorias praticamente nada transportam de e para os barcos atracados. Mas o que interessa é que é «in», dá votos, negócios aos amigos dos decisores e ilusão de desnvolvimento ao povo. Enfim.

Adenda: PMS e José Modesto asseguram na caixa de comentários a necessidade de um terminal de cruzeiros. Não contesto. Mas também será necessário um edifício de autor tipo Casa da Música como a imagem documenta ? O edifício de recepção dos passageiros precisa de ter uma dimensão que rivalize com os próprios barcos e que até tenha espaço para albergar um Pólo do Mar da UP , incubadora de empresas e residência universitária ? Não havia mais metro2 disponível ?

6 comentários:

  1. Não obstante as críticas, este é um investimento importante para no médio prazo valorizar o aeroporto e os cruzeiros no Douro (e também as rotas de cruzeiros até Lisboa).

    A evolução de curto prazo da procura não é muito relevante, pois no curto prazo o objectivo é apenas entrar nos circuitos de cruzeiros existentes (i.e. o porto de cruzeiros de Leixões é apenas um nicho de mercado).

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  2. Para quem conheçe tão bem Leixões como eu, Leixões e sobretudo o Norte precisava de um terminal de cruzeiros.
    Turisticamente será e não tenho dúvidas uma mais valia para o nosso país este novo terminal de cruzeiros.
    A ligação do Porto de leixões ao Douro será perfeita (pequenas embarcações)a marina no seu seio será óbviamente uma joia para os turistas, uma mais valia para o nosso país.

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  3. Apetece dizer que é melhor ter isto do que não ter nada, mas as dúvidas do José Silva são legítimas e tem precedentes.

    A minha questão é se estes investimentos estão (ou não) enquadrados numa estratégia alargada (tipo o sugerido por PMS e José Modesto). Nesse caso, colocaria a revitalização da linha do Douro e (re-)ligação a Salamanca, p.ex..

    Aborrece ver boas ideias lançadas isoladamente, sem enquadramento empresarial e em períodos eleitorais (logo suspeitos).

    E sem estudos económicos.

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  4. A ideia existe pelo menos desde 2006 (e nessa altura já estava a ser preparada).

    E ainda que o equipamento seja necessário, a questão colocada por JS é relevante: qual o real custo-benefício deste investimento?

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  5. Tanto pessimismo não fundamentado! Isto vem dinamizar toda a economia, criar emprego qualificado para mais de 500 investigadores, gerar riqueza através de incubação de empresas. Parece-me uma excelente ideia e parece-me que você não passa de um daqueles "bota-abaixo" que dizem mal de tudo mas não têm soluções para nada!

    Isto é algo que vai potenciar imenso a economia Portuguesa e já devia ter sido feito a imenso tempo atrás!

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