O jornal Público de hoje brinda-nos com mais uma história de sucesso "Na cama com Siza Vieira" assinada por Natália Faria.
Alguém definiu insanidade como: fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes!
Este artigo é sobre a Vamaltex:
""A Vamaltex estava com algumas dificuldades financeiras. E o que decidimos foi, por um lado, fazer um investimento forte na presença em feiras e na deslocação dos nossos comerciais aos mercados que queríamos atingir. Por outro lado, o cobertor tinha um problema de sazonalidade, o que nos levou a oferecer dois novos produtos: o cobertor mais leve, de Verão, e as mantas que são utilizadas todo o ano e que podem sair da cama para o sofá", contextualiza José Diniz. Foi estratégia que deu frutos. Actualmente com 51 funcionários, a Vamaltex trabalha num regime de 24 horas por dia para conseguir responder a todas as encomendas. Os dois empresários, José Diniz e Ricardo Jorge, vão fazendo figas para que os contactos que têm mantido com os responsáveis Zara Home, do grupo espanhol Inditex, e do El Corte Inglés se traduzam em mais encomendas. "
Resultado:
"O volume de negócios da Vamaltex foi de 1,2 milhões de euros em 2006. Para este ano, o objectivo é chegar aos três milhões. "Estamos a meio do ano e já ultrapassámos o volume de negócios do ano passado""
Aumentar a produtividade à custa da melhoria da estrutura de custos, é necessário mas... nunca nos fará subir na escala de valor, nunca nos aumentará o nível de vida, paga-nos o pão nosso de cada dia (quando paga), mas nunca nos dará manteiga e fiambre para o rechear.
Aumentar a produtividade à custa da novidade, à custa da inovação, abre as portas para um mundo novo, para o mundo do valor (não do preço). E no mundo do valor... não há limites!
"Até agora, a Vamaltex só fabricava em regime de private label, ou seja, produtos com a marca dos clientes. "
O que dará mais margem? O manufacturing label, ou o private label?
Não tenho dúvidas que é o manufacturing label!
Não pode é ser um hapenning, não pode é ser um enxerto de última hora, é toda um novo modo de vida.
"Enquanto isso, é à boleia da In Bed, com a assinatura do arquitecto Siza Vieira, que os actuais proprietários da empresa se preparam para alargar o leque de produtos aos lençóis e edredões"
E já agora, tendo em conta a previsível contrafacção e cópia descarada em feiras internacionais, preparem-se para terem várias "épocas" ao ano, para estarem sempre à frente, a cavalgar a crista da onda da novidade. Senão, qualquer dia deparam-se, numa feira, com um stand asiático
com os mesmos padrões de Siza Vieira.
Parabéns pelo rasgo!!!
Postal publicado em simultâneo aqui.
mais um exemplo de como os empresarios nortenhos sao os melhores de Portugal.
ResponderEliminarSe não são as empresas e empresários do norte... este país morria à fome..
Caro CCz: Excelente. Apenas faltou indicar o concelho onde está sedeada a empresa.
ResponderEliminar"Se não são as empresas e empresários do norte... este país morria à fome.."
ResponderEliminarEu mudaria a frase para
Se não são os empresários do norte, o Sul morria à fome
;)
E já agora imaginem se o Norte fosse independente, as nossas inumeras grandes empresas que ao longo do tempo foram para Lisboa, estariam todas cá, a começar pelo BCP.
É pena que a capacidade do povo Galaico não seja aproveitada por via do colonialismo lusitano :(