20090531

Se acertamos, então Norteamos: Cavaco amigo, a «mafia» está contigo














































20081123

Ah, Cavaco então também era accionista da SLN.

Portanto, Cavaco :

Questões:

Conclusões:

  • Ainda bem que não voto em parentes da «Máfia».
  • Mais uma lição para o Norte: Nunca confiar em políticos do Sistema de Lisboa.
  • Este Regime fede !

20090530

O (pseudo) subdesenvolvimento nortenho.

Tenho sempre muitas dúvidas sobre essas estatísticas que periodicamente nos atiram para os confins dos rankings de riqueza. É algo incompatível com o parque automóvel de cidades como o Porto, Guimarães, Felgueiras e até Braga. É também discordante com o boom de construção, os engarrafamentos trânsito, os restaurantes cheios ao Domingo, o crescimento inusitado do Aeroporto Sá Carneiro. Concordo que a crise actual fez abrandar alguma coisa, mas o mesmo se passou noutras regiões e paises, ou não?

Aguardo as explicações dos economistas, mas atrevo-me a lançar uma: fuga ao fisco?

20090529

Braga volta a ser a capital da Galécia este fim de semana

Sugestão para ir para fora cá dentro.

Infelizmente só no miserável Porto Interior é que há políticos e eleitores para isto

Jornal de Negócios Online
Na próxima quinta-feira, em França, durante a sétima edição da "World Investment Conference", será publicamente anunciada a criação em Paredes de uma espécie de "Silicon Valley".

"Trata-se de um projecto de uma dimensão brutal, com um investimento previsto de várias centenas de milhões de euros e envolvendo a criação de milhares de postos de trabalho", revelou ao Negócios fonte próxima do processo.

Já o presidente da Câmara de Paredes, Celso Ferreira, não quis falar do assunto, mas confirmou que está "a negociar um megaprojecto" para o concelho e que este será divulgado "em Baule, França, na quinta-feira".

José Silva: Desde quando Silicon Valley é um projecto imobiliário ?!?!?
Alguém com 2 palmos de testa pensa que a existência de instalações modernaças cria magicamente empreendedores/funcionários com qualificações suficientes para conceberem produtos/serviços de elevado valor acrescentado e geradores de exportações ?
Como é que o Vale do Sousa e Tâmega, no distrito do Porto, a região pobre e analfabeta de Portugal acha que pode construir um Silicon Valley ou afins ?
Não seria melhor começar pela sua própria qualificação em Economia e Geografia para não cair no rídiculo destas fantasias irrealistas ?


A Qudrilha (mafiosa)

Jornal de Negócios Online

É preciso lembrar que toda esta gente fez negócios durante anos, no que degenerou num caso de polícia. O que está em causa não é má gestão, é crime, é suspeita de lavagem, de burla, de corrupção ao mais alto nível. O próprio Oliveira Costa assumiu que pagou "avenças" a políticos, que havia "comissões" para "lubrificar" acordos, assinaturas falsas, negócios fechados por um euro que custaram 35 milhões. Histórias com sírios, porto-riquenhos, líbios, libaneses, suspeitos de tráfico de armas, americanos, supostos interessados no banco e no grupo que foram enjeitados, feitos por gente de reputação duvidosa.


20090528

Segundo fontes bem informadas, Constâncio já era

"The Braganza Mothers", na noite mais longa de Vítor Constâncio.

É por isso que apelido de «mafioso» o regime lisboeta. Tudo é manobrado debaixo do pano fazendo dos restantes portugueses cidadãos de 2ª.


Bosch irá criar uma centena de postos de trabalho em Braga

Jornal de Negócios Online

A Bosch irá criar na sua fábrica de Braga, a antiga Blaupunkt, uma centena de postos de trabalho até ao final do ano, para responder à produção adicional de sistemas de navegação que será transferida pela Bosch da Alemanha para Portugal.


Engenheiros: Não os deixem sair da fábrica/laboratório

JPN: "Silicon Valley" portuguesa vai ser lançada "perto do Porto" - «"Planit Valley" vai abranger "cerca de 17 quilómetros". Projecto foi apresentado esta segunda-feira, na FEUP, durante uma palestra do professor americano David J. Teece.
Ainda não estão revelados muitos detalhes acerca da Planit Valley, uma iniciativa que, segundo o representante Steve Lewis, vai ocupar "cerca de 17 quilómetros" num "município perto do Porto".
O projecto surge de uma colaboração "a nível internacional" entre "empresas, escolas e governos" com o objectivo de "melhorar a qualidade de vida" dos indivíduos, através de pesquisa nas áreas da "educação, ética e cultura, entre outras". "Esperamos trabalhar também com estudantes desta faculdade", realçou Lewis, perante a audiência que o recebeu na FEUP.
O anúncio foi feito durante a palestra do professor de gestão e autor do "artigo económico mais citado entre 1995 e 2005" (segundo a "Science Watch") David J. Teece, no auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, esta segunda-feira à tarde.»
Há um ditado anglo-saxónico que diz para não deixarem os engenheiros sairem da fábrica ou laboratório. Caso contrário só fazem asneiras. Esta ideia é exemplo disso mesmo.

PS1: É evidente que quando escrevo isto NÃO estou a pensar nos amigos engenheiros que há muito se dedicam a pensar sobre política e organizações.

PS2: TAF deduz e bem que se trata de uma manobra de marketing político pré-eleitoral no Vale do Sousa.




20090527

INE: Índice Sintético Desenvolvimento Regional: AMPorto em divergência face à média nacional entre 2004-06

«Os resultados do ISDR, reportados a 2006, revelam que apenas cinco, em 30 sub-regiões - por ordem hierárquica, Grande Lisboa, Pinhal Litoral, Baixo Vouga e, marginalmente, Beira Interior Sul e Baixo Mondego - superavam a média nacional em termos do índice global de desenvolvimento regional.
Os resultados reflectem uma imagem assimétrica do País, em termos de desenvolvimento global e de competitividade, mas mais equilibrada do ponto de vista da coesão e, ainda que em menor escala, mais equilibrada também do ponto de vista da qualidade ambiental. A existência de assimetrias inter-regionais mais intensas na competitividade reflecte, todavia, um processo em que, entre 2004 e 2006, 17 sub-regiões convergiram relativamente ao nível de desempenho nacional.
Na competitividade é saliente a diferenciação entre o Litoral e o Interior, com dominância do Litoral. Este padrão também caracteriza a qualidade ambiental, embora invertido face à competitividade, com o Interior a revelar desempenhos mais favoráveis. Na coesão, uma realidade mais equilibrada coexiste com alguma predominância de sub-regiões do Sul e centro Sul face ao Norte.»
Saliento esta frase na página 9: «no caso do índice global de desenvolvimento regional, apenas nove sub-regiões registaram divergência face à média, destacando-se as trajectórias da Cova da Beira, da Região Autónoma da Madeira e do Grande Porto»

20090526

Com os pés no Porto e a cabeça em Lisboa

Excelente crónica de Jorge Fiel: http://bussola.blogs.sapo.pt/110744.html

    «Com os dois pés no Porto é o slogan da recandidatura de Rui Rio.
    A CDU acusa-o de lhe ter copiado o slogan, que tudo leva a crer se inspira, presumo que involuntariamente, no lugar em que o FC Porto teima em terminal cronicamente o campeonato nacional de futebol.

    Suponho que a escolha do slogan se filia na única grande crítica que o número dois do PSD tem a fazer à candidatura de Elisa Ferreira – que acusa de ter um pé no Porto e outro em Bruxelas.

    Sobre esta questão da colocação dos pés, devo dizer que acho mil vezes preferível ter um pé no Porto e outro em Bruxelas, do que ambos os pés no Porto e a cabeça em Lisboa – que é o que acontece com Rio.

    Interrogado sobre se, em caso de reeleição, tenciona cumprir o mandato até ao fim, o ainda presidente da Câmara do Porto disse: “A pergunta faz sentido, mas não quero falar disso”.

    É óbvio por que é que ele não quer falar disso.
    Alguém duvida que, se uma onda laranja varrer o país, Rio não hesitará um segundo antes de trocar o Porto por um ministério?

    Alguém duvida que, se vislumbrar uma oportunidade de suceder a Ferreira Leite, Rio não hesitará um segundo antes de trocar o Porto por um gabinete na rua de São Caetano à Lapa?

    Com os dois pés no Porto? Deixem-me rir. Rio é como o gato escondido, que deixa o rabo de fora.»


20090524

Grave não é a falta de ética jornalística de MMGuedes; Grave é um 1º ministro não se demitir nestas circunstâncias e ter um bastonário a apoia-lo

MMGuedes não faz jornalismo. Faz sim uma campanha com factos para mostrar as incoerências do 1º ministro e seus apoiantes, que usam o Estado para se encobrir. Acontece que o único jornalismo de investigação neste país é praticado pela TVI.Eles estão a prestar serviços muito relevantes ao país ao pôr a nú factos gravíssimos que afectam as estruturas do regime e da vida do povo português.Estão a desmascarar uma quadrilha organizada ao nível mais alto do Estado que vampiriza os portugueses e destrói a nossa pátria. Por exemplo: Família de Sócrates em negócios de terrenos - Indemnizações renderam milhão e meio de euros
Marinho Pinto tenta moralizar a advogacia e a justiça. Denuncia, sem provas, advogados que prejudicam os seus clientes (conheço casos disso mesmo), advogados que ajudam a crimes, advogados envolvidos na polítca e no fornecimento de serviços ao Estado, etc. É aceitável. Só não segue esta trajectória relativamente ao Freeport e Sócrates.
Ordenando prioridades, o mais intolerante é ter um alto cargo da nação envolvido em corrupção e tentativa de branqueamento. A falta de rigor jornalístico não é grave. A moralização dos advogados ou denúncia de comportamentos ilícitos não salva Marinho Pinto pelo facto de assobiar para o lado e entrar no branquamento deste PS.

20090523

Se acertamos, então Norteamos: Crise desmotiva investidores no NAL e TGV

Jornal de Negócios Online - Crise financeira encarece custo para o Estado do TGV - Os consórcios finalistas para a construção do TGV vão apresentar custos finais para o Estado superiores não só à sua proposta inicial, mas também aos cálculos do próprio Governo.

Ionline - Indefinições no modelo do novo aeroportos afasta investidores - A Abertis, uma das maiores concessionárias espanholas e accionista da Brisa, desistiu de concorrer ao novo aeroporto de Lisboa. A empresa, que tinha manifestado desde logo interesse na operação, justifica a mudança com uma estratégia "de crescimento com base na consolidação de activos em que já está presente ou operações de integração". Nesse sentido, disse fonte oficial ao i: "Não prevemos participar, a curto prazo, em operações que exijam um importante esforço económico, como é o caso do projecto do novo aeroporto de Lisboa."

Num mês, é o segundo grupo a desistir de concorrer a este investimento. Em Abril, a Semapa anunciou a saída da corrida, antes de ter sido dado o sinal de partida. A holding liderada por Queiroz Pereira decidiu "não dar seguimento, neste momento, ao projecto que visava estabelecer uma parceria para estudar a possibilidade da apresentação conjunta de uma oferta" à privatização da ANA e construção do novo aeroporto.
EM Novembro de 2008 escrevi: O FMI "já cá está". O Norte salvou-se. A impossibilidade de realização de mais obras públicas centralizadoras da actividade económica em Lisboa iriá «salvar» o Norte.

20090522

Nova ponte ferroviária sobre um rio do sul será usada 4 vezes por dia






























Aqui:
«Pena que seja perfeitamente inutil ...
2 comboios de passageiros a 220km/h por dia para cada lado ... como está tudo previsto para via unica são usn belos 60km em que nada se vai poder atravessar na frente desses mesmos 2 comboios para cada lado ... ou seja ... 4x ao dia para o trafego na l.sul só pros meninos AP passarem.
Depois temos os mercadorias a irem subir a Grandola na mesma ... para depois descerem a martelar na via nova.
Seguidamente temos os 10/11 comboios de passageiros diarios que em vez de terem linha decentr para andar continuam a ir pastelar pela linha velha até alcaçer.
O mais ridiculo disto tudo é que ao planearem tudo para os 2 AP irem nas horas até Torre Vã (100km a sul do poceirão) esqueceram-se que Sines ficava apenas a 70km do Poceirão ... mas com a linha mais melhor boa continuam á mesma os mercadorias a ir dar a voltinha ao bilhar grande por cima da serra de grandola.
ora isto dá-nos uma bela imagem do que por ai vem ...»

Confirma António ?

20090521

A cidade do Porto tem os decisores políticos que merece

A definição de linhas de Metro no Porto é uma verdadeira história da Carochinha ...
A falta de rigor e competência só é explicável pelo facto de os decisores políticos receberem comissões dos fornecedores de obras, pagas pelos impostos de todos.
Após o Porto 2001, havia um viaduto com carris que foram retirados para as corridas dos calhambeques de Rui Rio.
Agora por causa do suposto estrangulamento da Senhora da Hora quer-se fazer um Metro Ocidental que necessita de outro viaduto que destroi mais um pouco do Parque da Cidade ou um tunel que custa mais uns milhares de euros.
Ninguem pensa em alternativas mais baratas.
Ninguem vê que a expansão do Metro do Porto prevista é um NAL, TGV ou TTT e que portanto não se realizará...
A cidade do Porto tem os decisores que merece ter. Por isso se não tivermos a sorte de Rio ser chamado para Lisboa, teremos que grama-lo por mais 4 anos.

20090518

PSD a caminho do governo ? MFLeite, Balsemão e Manuel Pinho na reunião Bilderberg 2009

Via:
http://wehavekaosinthegarden.wordpress.com/2009/05/15/bilderberg-2009/
http://www.forumnacional.net/showthread.php?p=370636
Será que Rio já não regressa a Lisboa ?!?

A credibilidade começa aos 65

ABRUPTO - A razão por que a discussão actual sobre o Bloco Central é puro "cenário" é que ignora os muito complicados facts of life. Primeiro, com que PS se faria? Talvez com o de José Sócrates, se o PSD aceitasse uma hegemonia política do PS e um papel muito menor na coligação. Há um PSD disposto a isso, que veria com felicidade a partilha de lugares que ser servente do PS traria, mas esse PSD não é o PSD de Manuela Ferreira Leite.

Pacheco Pereira afirma que com o PSD de MFLeite a gestão da conjuntura económica iria ser séria e não se venderiam às «máfias» que orbitam o Terreiro do Paço.

Porque será que eu não acredito nisso ? Como se explica o súbito ataque de credibilidade depois dos 65 anos de idade ?

Há um político do PSD desejoso de colocar Lisboa na ordem e que tem um cadastro de cortar nos custos. Tem 8 anos de experiência na gestão da reserva de indíos, leia-se bairros sociais. No Porto, há uma maioria que o deseja ver pelas costas.

20090517

Como é habitual a intriga de Lisboa manipula o poder em Portugal: Já se fala abertamente em ª Costa como 1º Ministro e Santana na CMLisboa. Falta Rio a ministro das finanças e saber quem o vai substituir...

Semanário
Uma luta dentro do PS

Ele vem de dentro do PS e aposta que José Sócrates pode ser ainda e a tempo das próximas eleições, substituído por António Costa que, por razões patrióticas, acabaria por desistir da corrida à Câmara de Lisboa, tornando quase inevitável a vitória - que as sondagens anunciavam como improvável - de Santana Lopes nas autárquicas de Lisboa.
É aqui e apenas aqui que os interesses que dividem o PS e a oposição se encontram: a actual direcção do PSD ou dos partidos de esquerda atacam Sócrates, pois com isso asseguram que o PS não terá a maioria absoluta - o que já seria inevitável com a esquerda a ultrapassar ¼ das intenções de votos do eleitorado; a oposição interna, pois acha que negoceia com Costa o que Sócrates não lhes deu; e, finalmente, o próprio Santana Lopes que aproveitará com a saída de Costa para ficar com a Câmara de Lisboa.


20090516

Justifique lá, em alemão, esse plano de expansão do Metro do Porto»

A partir de Outubro a UE vai enviar um representante alemão ou nórdico para colocar em ordens as contas públicas portuguesas. A certa altura quererá saber o que é a expansão do Metro do Porto. E vai fazer solicitar essa explicação/justificação, tal como titulei, a um portuense que, presumo, domina o idioma alemão.


20090515

Uma notícia da Lusa que mistura Lisboa, «Máfias», doação de imóveis, PS e secretismo. Há disto a Norte ? Tenho ou não razão ?

Diário Digital
Maçonaria: GOL quer criar estrutura de serviços secretos

A obediência maçónica Grande Oriente Lusitano (GOL) pretende criar uma estrutura própria de serviços secretos, que designa por núcleo interno de intelligence, indicam documentos.

A proposta foi apresentada numa reunião da Grande Dieta, órgão que equivale à assembleia-geral do GOL a 21 de Março, e aprovada com 57 votos a favor e 21 contra.

O objectivo daquele núcleo é, segundo a acta da reunião, cumprir as «funções próprias daqueles organismos [de espionagem] no âmbito da defesa e prevenção», refere a acta da reunião.

A Lusa contactou o GOL, por correio electrónico, para obter do grão-mestre da obediência, António Reis, detalhes da estrutura e os fins práticos a que se destina, mas ainda não obteve qualquer resposta.

Na mesma dieta foi igualmente aprovada - com 77 votos favoráveis e sete contra - a «contratação de equipas técnicas externas, para fornecimento de serviços de consultadoria e apoio efectivo ao grão-mestre e ao Conselho da Ordem nos domínios da segurança de pessoas, património e informação».

Estas propostas foram apresentadas pelo presidente de uma comissão interna criada para determinar os autores de uma queixa apresentada no Departamento de Investigação e Acção penal (DIAP), em 13 de Novembro passado, contra o grão-mestre e os dois elementos que se lhe seguem na hierarquia da estrutura maçónica, António Justino Ribeiro e Fernando Manuel Lima Fernandes, e «desconhecidos».

Acusações de burla qualificada, falsificação por funcionário, abuso de poder, gestão danosa e abuso de confiança são usadas contra António Reis e os outros dois dirigentes do GOL, facto que levou o próprio grão-mestre a emitir um comunicado a 20 de Novembro dirigido a todos os seus irmãos maçons.

Nesse texto, António Reis diz que os nomes dos queixosos que surgem na participação são os de Vasco Lourenço e Jorge Sá, mas assegura que a sua identidade foi falsificada e que os próprios negam a autoria das queixas, como o fez Vasco Lourenço quando contactado na altura pela Lusa.

O grão-mestre apresentou um requerimento em tribunal «desmentindo a prática de tal acto e participando contra incertos por usurpação de identidade», ainda de acordo com o mesmo comunicado.

Os recursos à Justiça ocorreram depois de serem conhecidas divergências internas sobre a criação de uma fundação para gerir o património do GOL.

A contestação à criação da Fundação Grande Oriente Lusitano é sustentada por um grupo minoritário de opositores que questiona a razão da criação da instituição que vai receber, de forma irrevogável, o património das três instituições para-maçónicas do GOL, que integra mais de uma vintena de edifícios localizados em Lisboa e nas mais importantes cidades portuguesas.

A Fundação GOL foi registada notarialmente em Setembro passado, mas para ser reconhecida legalmente terá de obter o parecer favorável do ministro da Presidência ou de quem ele delegar, função que actualmente está atribuída ao secretário de Estado Adjunto da Presidência, Jorge Lacão, citado frequentemente na imprensa como membro do GOL.

Contactado terça-feira pela Lusa, um assessor de Lacão disse que não deu entrada na Presidência do Conselho de Ministros qualquer processo relativo àquela fundação.


20090514

Ao cuidado dos utópicos apoiantes do PS e das obras sem rentabilidade

Jornal de Negócios Online Paul Krugman - Economia mundial enfrenta "década perdida"
"Estou optimista em relação à economia mundial", diz Paul Krugman. "Mas só a partir de 2030", acrescenta. O prémio Nobel acredita que a economia mundial pode enfrentar "uma década perdida" semelhante à vivida pelo Japão nos anos 90.


Vai chegar a Portugal

FT.com - America’s triple A rating is at risk
America’s triple A rating is at risk

By David Walker

Published: May 12 2009 20:06

Long before the current financial crisis, nearly two years ago, a little-noticed cloud darkened the horizon for the US government. It was ignored. But now that shadow, in the form of a warning from a top credit rating agency that the nation risked losing its triple A rating if it did not start putting its finances in order, is coming back to haunt us.

That warning from Moody’s focused on the exploding healthcare and Social Security costs that threaten to engulf the federal government in debt over coming decades. The facts show we’re in even worse shape now, and there are signs that confidence in America’s ability to control its finances is eroding.

Prices have risen on credit default insurance on US government bonds, meaning it costs investors more to protect their investment in Treasury bonds against default than before the crisis hit. It even, briefly, cost more to buy protection on US government debt than on debt issued by McDonald’s. Another warning sign has come from across the Pacific, where the Chinese premier and the head of the People’s Bank of China have expressed concern about America’s longer-term credit worthiness and the value of the dollar.


20090513

As empresas nortenhas não necessitarão, antes, de outro tipo de apoios para melhorarem a sua competitividade externa?

Entrevista de Eduardo Catroga ao jornal I (via Balancedscorecard.blogspot.com):

Megaprojectos: grito de alerta

1. Portugal defronta uma crise económica com duas componentes: a estrutural e a conjuntural. A componente estrutural é evidenciada pela “década perdida” em matéria de convergência real (a pior desde a década de1920, em termos relativos), pelo crescimento do endividamento externo (10% do PIB, em 1995; 60% em 2004 e 100% em 2008), pela estagnação do Rendimento Nacional nos últimos anos (onde têm peso crescente os juros pagos aos credores externos) e pela evolução da taxa potencial de crescimento da economia (em declínio acentuado, sendo hoje apenas da ordem de 1%).
A componente conjuntural da crise é fruto da situação económica e financeira internacional e será ultrapassada quando a economia americana e europeia recuperarem. As políticas nacionais anti-cíclicas estão condicionadas pela deficiente consolidação orçamental realizada na última década, e devem minorar os efeitos da crise no campo social, reforçar os apoios às empresas, e acelerar investimentos públicos inquestionáveis com efeitos a curto prazo.
Mas a componente estrutural não se compadece com erros estratégicos nas respostas de curto prazo. Do contrário, sairemos da crise conjuntural com os problemas estruturais agravados. A sua solução exige um processo sustentado de actuação coerente sobre todos os factores críticos que afectam a competitividade da nossa economia. Entre eles na qualidade do investimento, que é urgente melhorar, pois os indicadores mostram que investimos mal na última década.


2. As transformações estruturais em curso na envolvente económica e financeira internacional representam o fim da era do endividamento fácil. Dependendo o financiamento da nossa economia da poupança externa (a interna é apenas de cerca de 50% da taxa de investimento), Portugal tem de saber aplicar bem os recursos financeiros provenientes da sua limitada capacidade adicional de endividamento externo.

Temos de saber seleccionar bem os projectos de investimento público com efeitos a médio e longo prazo.

A começar pelos megaprojectos no sector dos transportes.
São investimentos que representam um largo quinhão da riqueza nacional e que, através da filosofia das parcerias público-privadas (PPP), hipotecam o futuro com encargos vultuosos para os contribuintes. São projectos de alto risco para todos os que pagam impostos e taxas. Têm também elevados custos de oportunidade quando comparados com outras alternativas no ataque às nossas verdadeiras vulnerabilidades estruturais.


3. A política das parcerias público-privadas (PPP) precisa de ser repensada. Considerando os dados constantes do relatório do OE/2009, o valor actual (taxa de desconto 5%) dos encargos já assumidos, ou projectados, pelo Estado (directa ou indirectamente) para os próximos anos (sobretudo a partir de 2013) representa cerca de 12% do PIB de 2008 (ou seja, cerca de 20.000 milhões de euros, ou 4.000 milhões de contos na moeda antiga).
É um montante enorme, com tendência para crescer e pecando, só, por defeito, que põe em causa a sustentabilidade das frágeis finanças públicas, o financiamento futuro das despesas sociais com o envelhecimento da população (saúde e pensões), a competitividade fiscal, a justiça inter-geracional.
Acresce ainda que, na prática, a garantia de rentabilidade dada pelo Estado (directa ou indirectamente) a tais projectos de investimento em PPP tem externalidades negativas importantes que afectam a qualidade da alocação de recursos na economia, num contexto de crédito limitado: (i) leva os bancos (nacionais e estrangeiros) a preferirem tais projectos sem risco (ou quase), em vez de projectos empresariais com os naturais riscos de mercado, mas incomparavelmente mais importantes para a competitividade da economia; (ii) incentiva o sector empresarial privado a investir em sectores abrigados de concorrência internacional, quando a nossa competitividade externa se joga basicamente nos sectores dos bens e serviços transaccionáveis; (iii) tem um impacto potencial negativo no “rating” futuro da República e, logo, nas taxas de juro.


4. O plano rodoviário não pode ser cego e precisa de ser adaptado às novas realidades. Já possuímos uma rede viária eficiente, e não reside aí uma das nossas fragilidades estruturais.

Abusar da construção de auto-estradas caras, sem tráfego que as justifique, tem um custo de oportunidade enorme, em temos de produtividade e competitividade.

Somos campeões de auto-estradas, na Europa e entre os países da OCDE, mas na última década Portugal viu o seu posicionamento regredir nos “rankings” de competitividade a nível internacional…
Nas novas concessões rodoviárias a empresa pública Estradas de Portugal está a assumir com as PPP encargos enormes para o futuro, a adicionar aos já existentes. A empresa não pode raciocinar apenas a trinta ou setenta anos: “a longo prazo estaremos todos mortos”. Qual será a sua situação financeira nos próximos dez anos? Qual será, por exemplo, o “custo de oportunidade”, para a economia portuguesa, de se utilizarem os proveitos da prorrogação de concessões rodoviárias antigas no financiamento de novas auto-estradas de pouco movimento, em vez de outros tipos de aplicações, como, por exemplo, redução do imposto sobre os produtos petrolíferos?


5. Estima-se que os projectos da rede de alta velocidade (TGV) atingirão um investimento total da ordem dos 5% da riqueza nacional, ou seja, mais de 7.500 milhões de euros. Os estudos parcelares disponibilizados sobre a sua rentabilidade económica e social (mesmo se baseados em pressupostos optimistas) mostram que a sua contribuição previsível para a eficiência económica do país é muito diminuta, e pode até ser amplamente negativa em termos de Rendimento Nacional. Para além dos apoios estimados da U.E. (cerca de 20% do total, a fundo perdido), os restantes 80% (ou seja 4% do PIB) serão financiados por dívida externa (directa ou indirectamente).
Por outro lado, uma análise rápida, projecto a projecto, levanta questões ainda não esclarecidas. Entre elas: (i) o projecto Porto-Vigo é mesmo prioritário, tendo presentes as necessidades estratégicas da região Norte?

As empresas nortenhas não necessitarão, antes, de outro tipo de apoios para melhorarem a sua competitividade externa?

(ii) o projecto Lisboa-Porto pressupõe o encerramento do serviço público normal de passageiros e do Alfa-Pendular? Como se vai dividir a clientela futura, a rentabilidade, entre as duas linhas a operarem em paralelo? Não é verdade que o TGV, para ser eficiente, exige uma distância mínima de 400 Km? (iii) o projecto Lisboa-Madrid vai representar seguramente, durante muitos anos, um “buraco financeiro”: serão os contribuintes a subsidiar este modo de transporte de “luxo”? (iv) se existe mercado que justifique algum troço (ou todos), então porque não se adopta uma metodologia de execução (tipo construção/exploração, com os apoios a fundo perdido pré-definidos) em que o risco comercial do projecto e os riscos dos desvios de custo das obras fiquem do lado das entidades concessionárias, e não, essencialmente, do dos contribuintes? (v) se é estratégico para a União Europeia que Portugal execute, a curto prazo, todos os projectos de TGV, então porque não se negoceia uma duplicação, pelo menos, dos apoios a fundo perdido?
Não vale, por si só, o argumento de que outros países também investem no TGV. Esses países são da nossa dimensão geográfica, têm o nosso PIB per capita e o nosso nível de divida externa? E têm as nossas prioridades estratégicas? De salientar que a Espanha, além da maior escala geográfica, indutora de menor prejuízo financeiro, tem uma questão política que a levou (e leva) a investir no TGV: um problema de coesão política territorial face ao seu grave problema político regional.


6. Mas, para além da análise projecto a projecto, entendo que o programa de investimentos públicos deve ser avaliado globalmente, atendendo ao elevado montante e à sua elevada concentração temporal: numa década crítica para a economia portuguesa. Pode até justificar-se um ou outro projecto por razões estratégicas, mas o impacto consolidado (que não está medido), macroeconómico e empresarial, de todos os projectos de transportes (mais o “lastro” já acumulado nas empresas públicas do sector) e de outras parcerias púbico-privadas, em curso ou projectadas, torna o modelo económico-financeiro global consolidado inviável e/ou de alto risco para os contribuintes. Pelo que se impõe uma redefinição de prioridades, e de calendários, depois de uma cuidadosa hierarquização.

Por outro lado, convém não esquecer que as principais empresas do sector público dos transportes ferroviários e urbanos estão tecnicamente falidas.

Apresentam uma dívida financeira (na realidade dívida pública) já da ordem dos 10% do PIB e um défice de financiamento (exploração e investimento) anual avultado. A situação financeira do sector constitui uma verdadeira “bomba financeira” ao retardador sobre as contas públicas, com tendência para o agravamento. Qual será a dívida financeira da CP, da REFER, da RAVE, da Estradas de Portugal, do Metro de Lisboa e do Porto, etc., a 10 anos? Corremos o sério risco de transformar a “bomba” num “vulcão” enorme.


7. Por fim, as opções no sector dos transportes não podem ignorar as prioridades estratégicas globais da economia. Uma questão chave: onde investir, prioritariamente, para solucionar os verdadeiros estrangulamentos estruturais da economia portuguesa e assim aumentar a taxa potencial de crescimento, hoje apenas de 1%? Com este crescimento potencial, em queda na última década de 3% para 1%, como melhorar, sustentadamente, o bem estar económico e social e financiar no futuro o modelo social?
A capacidade de endividamento externo não é ilimitada, e exige escolhas.

Não vivemos num “oásis financeiro”. Governar é hierarquizar prioridades, e depois optar.
Entendo que o interesse nacional justifica uma análise global, integrada e quantificada em vários cenários, que não está feita, tendo em vista uma escolha dos projectos em função das vulnerabilidades estratégicas da economia portuguesa e das suas condicionantes financeiras. Não seria perda de tempo, mas um verdadeiro investimento numa questão crítica para o nosso futuro.
Não podemos vir a ter outra “década perdida”...
Daí o grito de alerta de um economista e cidadão contribuinte preocupado com o futuro das filhas e dos netos...

Economista, ex-ministro das Finanças


20090512

Braga é a Lisboa do Norte e o «Portocentrismo» é um bode expiatório

O populismo regionalista do Pedro Morgado, benéfico para as pedradas no charco que Braga necessita, mas simultaneamente pouco sério e fundamentado para com o Porto (portocentrismo), há muito que me obrigava a produzir esta reflexão. Despersonalizando, mas simultaneamente contribuindo para a entrevista de hoje de Vitor Silva, fica então aqui a minha tese e o respectivo apelo à reflexão por parte da elite bracarense que Pedro Morgado personifica: Braga é a Lisboa do Norte e o «Portocentrismo» é um bode expiatório.

Na minha opinião, a raiz do problema está no perfil económico da cidade e eventualmente no efeito castrador da Igreja Católica de Braga. Vou-me centrar na 1ª questão.
Ao contrário do Porto, Barcelos ou Guimarães, Braga é uma especie de mini-Lisboa, bastante dependente do sector dos bens e serviços não transacionáveis: serviços públicos típicos de capital de distrito (universidade, tribunais, hospitais, etc) e um peso enorme da construção civil e afins.
A industria de origem local é reduzida. Alguns exemplos:
  • Por exemplo, Guimarães e o Alto Ave tem um PIB per capita superior ao do Cávado, são exportadores e tiveram que lutar pela existência de um polo da UMinho;
  • Os dois casos de maior sucesso empresarial e tecnologia de Braga (Primavera Software e 3B/Uminho) são lideradas por pessoas que passaram importante parte da vida profissional no Porto…
  • Nos rankings universitários a UMinho está muito atrás da Uporto;
  • A UP e a UA foram pioneiras na passagem para fundação, enquanto a Uminho e a maioria das lisboetas mantiveram o estatuto público.
O peso excessivo do sector da construção leva a que haja mais pressão para a realização de negócios que preencham as carteiras de encomendas dos operadores do sector, nada mais nada menos do que se suspeita a nível nacional com TGVs, TTTs, NALs, etc. A corrupção inerente é retratada pelo próprio Pedro Morgado e como podemos ler aqui, que o PS Braga é o 2º financiador do PS nacional:
«"Muita gente em Braga sabe das associações perigosas entre empreiteiros e Mesquita Machado, sempre visando o patrocínio do Partido Socialista. Há alguns anos quando levei estas denúncias ao Largo do Rato, ouvi de um dos históricos do PS, a seguinte ” lição de moral”: ” O que havemos de fazer a um tipo que converteu todas as juntas de freguesia do Concelho de Braga ao socialismo e que, quando puxamos a parte financeira nos aparece como o segundo maior patrocinador do nosso Partido? Achas que campanhas políticas fazem-se à custa de feijões?”.»
Perante isto qual é a reacção da sociedade bracarense ?
Quando se pronuncia, Braga atrasa as tendências nacionais e do Norte, como foi a votação contra a Regionalização, ao contrário do Porto, Gondomar, e Matosinhos em 1998. O Porto, há 8 anos não gostou do regresso atabalhoado de Fernando Gomes nem do despesismo de Nuno Cardoso e colocou lá o «sério» ou pelo menos aprarentemente «sério» Rui Rio. Braga vive com Mesquita à mais de 30 anos e os bracarenses precisam de ajuda externa para se verem livres dele...

A culpa é dos bracarenses como se comenta na Avenida Central:
Estes senhores que comentam em blogs a situação do urbanismo de Braga levam-me a pensar o quanto as pessoas em Braga são acomodadas. É novidade a forma catastrófica como Braga está a crescer? O homenzinho que está na câmara está lá a fazer vigarices desde ontem? Não, está há 30 (trinta) anos. É novidade para alguém que Braga é uma faroeste com o polvo instalado entre câmara e os trolhas? Julgo não ser novidade nenhuma. Porque as coisas continuam assim? Única e simplesmente por culpa dos bracarrenses! De todos, sem excepção. Culpa dos que são ignorantes e/ou fazem parte do polvo e votam no homenzinho e dos outros que são acomodados.
Porque só aparece gente a comentar em blogs e na vida real nada fazem??? Porque sempre que se tentou organizar conversas/debates sobre a cidade de Braga quase ninguém aparecia? Porque não se denunciam situações que dia-a-dia estão á vista de todos?
Não se queixem dos media portugueses, logicamente que eles não vão dar destaque a Braga de livre iniciativa. Portugal é Lisboa e alguns dias, também, o Porto. Caso se pretendam colocar nos media os inúmeros escândalos que se vivem em Braga, a iniciativa terá que ser dos bracarenses. Durante 30 (trinta) anos todos conviveram com esta situação e ninguém nada fez de verdade para inverter isto. Criar blogs e comentar em blogs é fácil e confortável mas de nada adianta.A culpa é dos bracarenses! Sou de Braga mas tenho a perfeita consciência que Braga é um caso perdido. Não me revejo em Braga e tenho vergonha da fama que Braga tem: cidade de trolhas novos ricos, que andam em bons carros mas nem sabem falar nem comer à mesa.
MAs será que a única claustrofobia de Braga só vem (e vem) da Câmara ? E a clasutrofobia que vem da igreja, como o mostra os sucessivos casos do colégio D. Diogo de Sousa, um monumento do reaccionarismo local que usa o dinheiro dos seus alunos para perseguir, processar, despedir e expulsar, antes o silêncio cumplice do triste e incapaz arcebispo de Braga?

Perante a falta de coragem em mudar, Braga prefere encontrar um bode expiatório, o Portocentrismo:
«Que o Porto é centralizador como Lisboa isso toda a gente sabe. Que o resto do país é paisagem, mas que precisa de investimento, isso também toda gente sabe. Só não percebo, seguindo o raciocínio de certos intervenientes, como é que as zonas exteriores a estas cidades/AM beneficiaram de um maior centralismo! Não pensem que o Porto é um santo distribuir. Olhem para o resto do distrito do Porto sem ser da AM do Porto! Pois é, está igual ou pior que as populações do Minho. Sejam claros! Se querem uma grande cidade/metrópole, neste caso Porto, em que 90% da população do Norte viva ai, em que qualquer investimento realizado beneficie quase todos, todas as populações tem as mesmas oportunidades, digam. Se defendem este modelo das populações viverem na cidade, porque é que andam com rodeios. Deixem de tagarelice. As actuais orientações são claras, desenvolver a AM do Porto para que possa absorver o Norte nela. Será que é assim tão difícil de perceber. Todos esses projectos de novas linhas, trams e lá o que seja fora da AMP, por este andar, estão mortos à nascença. As linhas de Braga e Guimarães só foram renovadas por causa do EURO2004 porque senão nem cheta. Já agora gostava de ver as reacções das populações de Ponte de Lima se soubessem que foram os do Porto que foram buscar a IKEA para Paços de Ferreira, porque na realidade queriam era em Matosinhos ao lado da nova loja, mas a IKEA não quis! Gostaria também de ver as reacções das populações do vale do Ave, principalmente as desempregadas, se soubessem da pretensão de certas empresas de ai instalar unidades fabris mas, do "nada", construíram na Maia. Por acaso conheço as reacções das populações do Douro vinhateiro, indignadas com a propaganda portuense em relação ao turismo vinhateiro. Dizem que é para desenvolver a região, quando o turismo é durmam no Porto, visitam as caves em Gaia num dia, e noutro vão de cruzeiro pelo Douro acima e descem pelo mesmo no mesmo dia.
Obviamente que o Porto não tem qualquer poder público formal sobre Braga, porque não há governo regional. Quando muito os privados da Invicta usam legitimamenete os seus contactos para desviar negócios de Braga para o Porto. Ou os políticos do Porto berram mais para com Lisboa e conseguem gastar dinheiro mal gasto na expansão do metro portuense para a Trofa em vez de o investirem em Braga. Mas são apenas os privados ou políticos a berrar na comunicação social ou a egoisticamente sacar do PIDDAC para o seu concelho e não qualquer poder administrativo do Porto sobre a região Norte !

Até que ponto não será Braga, pelo seu peso demográfico, um centro do conservadorismo a Norte que impede o desenvolvimento deste ?
Tal como Lisboa, será Braga uma cidade que ambiciona mais do que as capacidades que tem, dedicando-se a prejudicar os vizinhos minhotos para alimentar o seu ego, à semelhança do que Lisboa faz a nível nacional ?
Será apenas uma capital distrital, aprendiz da lógica lisboeta, sem dinâmica económica e social suficiente para o lugar que tem ?

Não pretendo ser exaustivo e admito que falhem aspectos no meu raciocínio. De qualquer modo ficam aqui as falhas de raciocínio que encontro nos defensores da tese do «Portocentrismo».

20090510

Norteando nos transportes: «Peak» Rodovia e «Peak Aviation»

Como referi em 2007, com «Peak oil» ou com recessão, isto é, com preços de transporte caros ou falta de poder de compra/redução de lucros devido à recessão em curso, as políticas de transporte terão que mudar. Deverá preferir-se a Ferrovia à Rodovia, apostando na intermodalidade com o transporte marítimo, gerindo com muito cuidado os investimentos em aeroportos e rejeitando as PPPs.
Relativamente à vantagem das Ferrovias sobre as Rodovias, o gráfico seguinte fala por si:


Recomendo a leitura do texto do Marxista Demétrio Alves e também de este relativo ao «Peak Aviations».

Exportação de serviços portuenses

Jornal de Negócios Online
O Centro de Genética Clínica, laboratório fundado em 1992 no Porto, acaba de dar um passo transatlântico na sua estratégia de expansão. A empresa, desde 2007 integrada na associação empresarial Cotec, abriu uma subsidiaria nos EUA, em Newark.


20090508

Se acertamos, então Norteamos: António Costa nega que esteja a caminho da liderança do PS

Recuperação da linha do Douro até Espanha para fins turísticos em marcha

Hoje no Público:

O compromisso entre Portugal e Espanha para apresentação, até final do ano, de um plano concertado de desenvolvimento para a região Douro/Duero está a gerar expectativa nos autarcas portugueses da zona fronteiriça com Castela e Leão. O compromisso, estabelecido anteontem entre o ministro português do Ambiente, Nunes Correia, e o presidente da Junta Autónoma de Castela e Leão, Juan Vicente Herrera, prevê a reactivação, para fins turísticos, da linha ferroviária Pocinho-Salamanca.
António Edmundo, autarca da vila de Figueira de Castelo Rodrigo, considera este compromisso "mais uma chama de esperança" para a "luta de muitos anos e de muitos esforços, que agora começa a cavar fundo, sobretudo nos decisores políticos de um lado e de outro da fronteira". Com o memorando agora assinado, o autarca acredita que "é dado um passo" para o aproveitamento turístico do "potencial que são os Patrimónios da Humanidade da arte rupestre do Vale do Côa, do Douro vinhateiro, da Ribeira do Porto e de Salamanca antiga". "Sempre soubemos que do lado português o investimento seria na ordem dos 25 milhões de euros, que, comparados com a nova travessia do Tejo, seriam um pequeno investimento para a nação, mas um grande investimento para voltar a fazer acreditar as gentes destas terras", disse à Lusa.
Quanto à viabilidade da linha para o transporte de mercadorias, António Edmundo considera ser "cada vez mais urgente pensar em corredores ecológicos no transporte de mercadorias, durante a noite", aproveitando os ciclos hidroeléctricos. A "Salamancada", como lhe chama, "pode e deve permitir ligar, via caminho-de-ferro, o Porto a Valladolid, dando a toda essa região espanhola um porto de mar", sustentando, ser essa a "pedra-
-de-toque, que pode viabilizar e tornar sustentável a componente turística da linha".
Na mesma batalha, tem estado Emílio Mesquita, autarca de Vila Nova de Foz Côa, que considera este novo entendimento ibérico "verdadeiramente excepcional". "É uma grande visão política e uma aposta na valorização do património destas regiões e no seu aproveitamento como alavanca para a economia", disse, comentando o compromisso assumido por Nunes Correia e Juan Vicente Herrera.
Anteontem, também o presidente da Entidade Regional Turismo do Douro, António Martinho, disse à Lusa que a reactivação da Linha do Douro entre o Pocinho e Salamanca vem dar resposta a uma reivindicação antiga e poderá atrair à região duriense mais turistas espanhóis. Este responsável lembrou que o Parque Arquelógico do Côa, o Museu do Côa, que abrirá em breve a cerca de 200 metros da linha de ferro, e o Museu do Douro (Peso da Régua) poderão ficar assim ligados por comboio.

20090507

Back to basics 4

Excelente comentário de CCZ sobre os efeitos da crise no comportamento do consumidor.Infelizmente o debate sobre o investimento público a Norte (expansão Metro, Regionalização) ainda não incorporou a nova realidade.

Em Dezembro passado escrevia:

Um individuo, uma familia, uma empresa, só são estatisticamente viáveis se forem «capitalistas», isto é, se acumularem «capital» derivado de terem mais activos do que passivos, se as receitas forem superiores aos custos, consumo improdutivo, juros, etc.

O que se viveu nas últimas décadas no mundo Ocidental foi o desvirtuar do «capitalismo», via excesso de dívida para consumo e investimento pessoal, empresarial e estatal não produtivo ou pouco rentável: Desde a compra de habitação a preços especulativos, às fusões que aumentam quota de mercado, bonus de gestores e custos de gestão (mas matam a rentabilidade das empresas) até às bombas «high-tech» e caríssimas largadas no Afganistão sobre rebanhos de cabras. Dai as falências das famílias, bancos, empresas e eventualmente Estados.

Para solucionar, é necessário regressar ao básico, à frugalidade, ao «capitalismo», à acumulação estrutural de capital, a activos e receitas substancialmente superiores aos passivos e custos. Apenas assim se vai absorver as perdas passadas. O Ocidente, Portugal e os portugueses terão que fazer o mesmo, antes ou depois de FMI ou a UE o dizerem. O excesso de Estado Social, as ineficiências na administração pública (300 autarquias, Estado Central concentrado em Lisboa onde o metro quadrado e salários são mais elevados), o desperdício via corrupção ou encomendas empoladas aos lobbis betoneiros terão que acabar, com ou sem revolta generalizada, com ou sem emigração em massa. A sustentabilidade regressará. Este é o caminho espartano, à chinês. É o caminho de quem efectivamente se desenvolve.

A minha opinião sobre MFLeite e este PSD

  • A minha previsão sobre o PSD e MFLeite em 2008.
  • A minha opinião actual: Diz verdades com as quais concordo.
  • A minha decisão de voto em Outubro: Em princípio não votarei neste PSD/MFLeite. Como podemos lêr aqui, falta-lhe credibilidade. Não confio na senhora, por muitas verdades que diga. Ser contrária à Regionalização nem é o principal motivo, dado que o PSD extra-Lisboa tem outra opinião.

20090506

Associações empresariais a Norte: AEP ultrapassa a ACPorto ?

A AEP sempre foi uma associação empresarial mais viradas para as questões empresariais, subsídios, feiras, etc. A ACP esteve sempre mais ligada à política, estratégia, lobby.
Será que há uma mudança no ar ?
A AIMinho, não estará demasiado focada no «Bragacentrismo» ?

20090505

Back to Basics 3

1. Como referia ontem Medina Carreira, Portugal necessita de Back to Basics, nível de vida equivalente à capacidade económica. Concordo.
2. As minhas causas já foram ajustadas à realidade económica: Proponho uma Regionalização 2.0, mais barata e politicamente mais aceitável devido ao facto de extinguir administração pública na mesma dimensão da regional a criar.
3. As minhas questões quanto a um traçado litoral Porto-Minho-Vigo mais barato, foram agora aprofundadas por Eduardo Catroga;
4. O «amigo» Suevo, Rui Moreira e outros regionalistas de geração recente, devido à inércia, ainda propõe soluções como a conjuntura de há 3 ou 4 anos.
5. Os chineses, por seu lado, continuam no «Basics», nos bens e serviços transaccionáveis. Por isso continuam a enriquecer e a aumentar o poder (ao cuidado de CCZ).

20090504

Business Briefing - As low cost e a hotelaria do Porto

Movimentações japonesas a Norte

Jornal de Negócios Online -A Yazaki Saltano vai deixar de ser de Portugal e passar apenas a reportar-se a Ovar. A empresa deixou não só cair o nome do País na sua denominação original, substituindo-o por Ovar, como está a concentrar no complexo fabril que tem nesta cidade todas as suas actividades em território nacional, abandonando assim em definitivo as pioneiras instalações industriais em Serzedo, Vila Nova de Gaia.

Entretanto também soube que a Advantest (também japonesa), fornecedora de equipamento para a Qimonda, efectuou mais uma reestruturação europeia e mantém ainda um funcionário não especializado em Vila do Conde.


20090503

Rui Moreira religioso

Rui Moreira pede hoje no Público uma renovação da reivindicação da Regionalização nas próximas eleições. Valoriza a originalidade das autarquias a Norte estarem todas solidárias com a reclamação. Abel Coentrão ontem no mesmo jornal desvaloriza o facto. Eu também.
O problema é que:
  • os interesses do Norte não estão representados politicamente em Lisboa; (ler aqui);
  • a conjuntura é boa para reduzir custos na esfera pública e privada e não para meramente realocar custos; PSD sobe nas intenções de voto por causa da estratégia de MFLeite de apelo à responsabilidade nas deciões de investimento do Estado em época de crise.
Rui Moreira religioso, cada vez menos original ou arrojado.

A Tenho vindo a defender que a regionalização não só não pode continuar à espera do momento que os políticos julguem mais oportuno, como também não pode continuar refém de um referendo nacional. Aliás, esta última consideração tem-me causado dissabores, até junto dos regionalistas mais convictos, que acham que se trata de uma imprudência táctica e de "um tiro no pé".
Ora, não falando de conveniências tácticas que são sempre moedas de duas faces, creio que esta minha opinião é legítima. Recordo que a Assembleia Constituinte de 1976 era composta exclusivamente por regionalistas, que transformaram a ideia da regionalização de que já se falara durante o marcelismo, numa imposição constitucional. Apenas se esqueceram, então, de definir e impor um horizonte temporal. Até hoje, esse imperativo permanece na lei fundamental mas, como se sabe, foi introduzida, em 1997, uma alteração que faz com que a regionalização esteja dependente da aprovação de um referendo popular.
Na prática, "armadilhou-se", ou sujeitou-se a uma "cláusula travão" a essência de uma norma constitucional, comprometendo o seu conteúdo efectivo e útil.
Mas se essa for a vontade dos partidos políticos, a armadilha pode ser retirada da Constituição. Foi isso mesmo que, esta semana, foi afirmado no Porto por Luís Valente de Oliveira, para quem a imposição do referendo "está feita para impedir a regionalização" e para quem a questão deve ser resolvida pela próxima legislatura que terá poderes constitucionais, e por Carlos Zorrinho, que defendeu um compromisso "claro e suprapartidário sobre a matéria" e um "acordo de interpretação constitucional" que permita ultrapassar a regra da simultaneidade imposta pelo referendo. Mas, o socialista foi mais longe e quebrou o tabu, ao confessar que "o medo do Norte e o medo do Porto têm sido a agenda escondida que está por trás deste processo".
O que aconteceu esta semana no Porto teve, ainda, uma outra dimensão. É que Zorrinho e Valente de Oliveira eram convidados do Conselho da Região, que é um órgão da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional que reúne todos os 86 presidentes de câmara da Região Norte. E esse conselho, que já tomara uma inédita decisão unânime sobre a questão da gestão autónoma do Aeroporto Sá Carneiro, então por proposta de Rui Rio, aprovou agora uma nova declaração unânime, desta vez por proposta do presidente da Câmara de Ponte de Lima, um autarca do CDS-PP, a reclamar um compromisso firme dos principais actores políticos nacionais e a explicitação das acções necessárias e um compromisso político firme desse desiderato constitucional.
Como foi salientado por Carlos Lage, esta é uma questão que interfere com todos os actos eleitorais que se avizinham. Mas a declaração unânime, unindo os presidentes de todos os municípios, tem um significado histórico e uma extraordinária dimensão política. Pela primeira vez, o tradicional dissenso do Norte, ou dos Nortes, como alguém disse, parece dar lugar a um consenso.
Por isso, este é o momento de fazermos exigências concretas, escudados por esta rara e efémera união. Desta vez, não podemos acreditar na benevolência dos políticos que, em véspera de eleições, aparecerão a prometerem-nos medidas descentralizadoras. Precisamos de garantir hoje que, num futuro muito próximo, teremos a regionalização. Para isso, não podemos recear enfrentar quem invoca o custo excessivo da regionalização. É que bastará que os meios actualmente atribuídos aos órgãos desconcentrados passem para os órgãos regionalizados, o que é uma mera transferência de custos, para que a regionalização seja viável.
E, para os que ouviram Marcelo Rebelo de Sousa dizer, há dias, que é preciso que o Porto e o Norte tenham um peso político correspondente à sua vitalidade económica, cultural e universitária, relembro que esse défice resulta não só do tradicional dissenso, que parece que estamos finalmente a atenuar, mas também do facto de não termos uma região que, no fundamental, possa fazer valer os nossos interesses.

Assuntos europeus: No to Lisbon

O turismo de Lisboa sai beneficiado ou não com o facto de ter sido sede do novo tratado europeu ? Olhos maiores do que a barriga ?

20090502

Mensagem de apelo ao Capitalismo e contra o NAL

Retirada de um blogue Marxista (http://resistir.info), é um verdadeiro apelo ao Capitalismo: Investir em projectos sustentáveis e com rentabilidade generalizada.
«A depressão económica que agora se inicia no mundo capitalista pode ser agravada ou amenizada pelas políticas dos governos nacionais. No caso português, o governo do sr. Sócrates parece apostado em agravá-la ao máximo. Fecham empresas todas as semanas, aumenta o desemprego, os défices tornam-se assustadores, a dívida externa agrava-se a níveis monstruosos, mas ele permanece impávido nos seus projectos ruinosos – como o novo aeroporto, TGV, terceira ponte sobre o Tejo, o super-hospital de Todos os Santos, etc, etc. Enquanto isso, as universidades vivem à míngua, maternidades e centros de saúde são encerrados, as pensões de reforma são uma miséria, a repartição do rendimento é a pior de todos os países da Europa (a do Leste inclusive).
O custo do novo aeroporto está agora orçamentado em €5 mil milhões. E, como toda a gente sabe, os orçamentos têm o hábito de fazer derrapagens da ordem dos 40, 50 ou mais por cento. Ao mesmo tempo, este governo autista e de lesa economia nacional ignora deliberadamente a realidade do Pico Petrolífero. Como se os preços momentaneamente baixos do barril – devido em parte à recessão económica – pudessem perdurar para sempre (o banqueiro M. Simmons prevê uma alta significativa dentro de seis a nove meses). E mesmo com os actuais preços baixos do barril, a TAP acaba de anunciar que foi obrigada a cancelar 2400 voos no 2º semestre de 2009. Hoje, até mesmo altos dirigentes de companhias de petróleo recomendam "poupar, poupar, poupar" . Mas governos ao serviço dos grandes empreiteiros fazem orelhas moucas.
Quem porá cobro a isto?
Continua a ser mais válido do que nunca assinar a Petição contra o novo aeroporto.

20090501

Se acertamos, então Norteamos: O Regionalismo a Norte faz o seu caminho

  • Conta com a participação de um deputado ex-militante do PP;
  • Apresenta uma declaração de pincípios que encaixa na ideologia de um portuense e portista muito conhecido pelas suas intervenções em defesa da região mas que hesita em entrar na política activa;
  • É próxima da ideologia de bloggers portuenses relevantes, como TAF, Blasfemias, Portugal Contemporâneo, Ventanias;
  • Encaixa nas preocupações de um ex-candidato presidencial residente no distrito do Porto que está prestes a formalizar um novo partido;
Isto é pequeno; Dentro em pouco tropeçam uns nos outros. O Regionalismo a Norte continuará a fazer o seu caminho.

PS: Apesar da defesa da Regionalização, uma bandeira tipicamente de esquerda, vejo algum consevadorismo no movimento. Gostaria de ver mais crença no Capitalismo original (e não no Capitalismo de influencia que infelizmente a Direita tem protagonizado há muito e que agora foi usurpado por este PS). Gostaria de mais propostas inovadoras do que exaltação de Pátria Portuguesa. Esperemos que não se crie agora mais um partido utópico, uma espécie de Bloco de Direita! A ACdP tem os pés bem mais assentes na terra!
Leituras recomendadas